quinta-feira, junho 30, 2005

Brasil quer produzir laptop de US$ 100 em 2006




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SÃO PAULO – O governo brasileiro espera iniciar no próximo ano a produção de um laptop de 100 dólares para implantação de um programa de inclusão digital na educação pública. O projeto deverá começar com um piloto para 1 milhão de alunos, um pouco mais de 2,5% da rede total de 37 milhões de estudantes do ensino básico e fundamental do país.

O projeto foi apresentando pelo coordenador do Media Lab do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Nicholas Negroponte, que esteve ontem e hoje reunido com representantes do governo brasileiro. O cientista encontrou-se com presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com os ministros de Educação, Tarso Genro; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Luiz Furlan; e das Comunicações, Eunício Oliveira, além de representante do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

O cientista veio ao país para dar continuidades às conversações com o governo brasileiro de apoio ao seu programa de inclusão digital, iniciado em abril. Na época, Jean-Claude Frajmund, assessor do ministro Eunício, esteve em Boston (EUA) para conhecer os detalhes tecnológicos do laptop de 100 dólares, em desenvolvimento nos laboratórios do MIT.

Segundo Frajmund, Lula ficou muito entusiasmado com o projeto e determinou a formação de um grupo para traçar um plano de fabricação do notebook de baixo custo. Participam da equipe representantes dos ministérios de Educação, das Comunicações, MDIC e MCT. O coordenador é Frajmund. O grupo tem um prazo de 28 dias para entregar uma proposta com estudos sobre incentivos fiscais de produção, treinamento de professores e conectividade das máquinas, que será wireless.

Frajmund espera que laptop entre em produção na segunda metade de 2006 ou no mais tardar no início de 2007. Os equipamentos terão uma tela de baixo custo e vão rodar linux. Ele considera que este projeto é uma peça importante para o programa de inclusão digital do governo na educação. "O laptop vai revolucionar a forma de ensino na rede pública. Os alunos utilizarão o computador como se fosse um livro, que poderá ser levado para qualquer lugar", diz o assessor.


Edileuza Soares, do Plantão INFO

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