quinta-feira, dezembro 15, 2005

Comitê de implementação do software livre no governo federal destaca exemplos




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Brasília – A implementação do software livre nos órgãos públicos federais está hoje pulverizada em vários órgãos de governo e ministérios, em iniciativas apontadas pelos gestores não só como inovadoras, mas também como exemplos de excelência da equipe técnica. Além de uma série de iniciativas no campo institucional e jurídico, o coordenador do Comitê de Implementação do Software Livre e presidente do Instituto de Tecnologia da Informação (ITI), Renato Martini, cita uma série de experiências de migração ou adoção do software livre em curso no governo.


Segundo ele, a Dataprev, empresa de informática do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por exemplo, anunciou em outubro de 2004 que já tinha 500 servidores usando programas de código livre. Na época, o presidente da empresa afirmava que, certamente, a Dataprev era um dos maiores usuários de software livre do governo.

Segundo o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, a Dataprev é uma das mais dependentes da tecnologia do software proprietário. "Eles têm muitos de seus servidores que precisam de programas da IBM para ler algumas informações. Então, pagam uma fortuna de licença todos os anos. Além disso, não sabem o que roda por trás desses programas, o que é uma característica do software proprietário", conta o secretário.

Na lista de Martini, também consta a contratação de 40 projetos em software livre pela agência de fomento do Ministério da Ciência e Tecnologia, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Ele destaca ainda o desenvolvimento pelo Ministério da Educação de um software de ensino à distância, que usa software livre, chamado e-Proinfo, que está sendo oferecido ao público. Além disso, o ITI vem contratando empresas nacionais para o desenvolvimento de sistemas como assinador digital e suporte para cartões inteligentes no Linux. Os servidores e dois terços dos desktops do Ministério das Cidades também usam software livre hoje.

No Banco do Brasil, 500 agências, segundo ele, usam hoje servidores Linux. No Ministério das Comunicações, está em curso um processo de licitação para contratação de profissionais para migração dos equipamentos do ministério. O software livre também está sendo implantado em 11 mil estações de trabalho dos Correios, o que corresponde a 30% do parque tecnológico da empresa

Nas Forças Armadas, existe o desenvolvimento de programas abertos nos comandos do Exército e da Marinha. Na Empresa de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), uma rede de sistemas voltados para a agropecuária e seis softwares com código aberto oferecidos ao público em geral pelo projeto Agrolivre. Na Radiobrás, a migração dos servidores para o sistema livre permitiu, entre outros avanços, aumentar os acessos às rádios da empresas pela Internet.

O presidente do ITI destaca também o trabalho do Serpro, empresa de informática que cuida da base de dados do governo. Considerada a maior do ramo na área governamental, no Brasil e na América Latina, o Serpro tem várias iniciativas de implementação do software livre.

13/12/2005

Lana Cristina Repórter da Agência Brasil


Fonte: http://www.radiobras.gov.br/


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