sábado, janeiro 24, 2009

Agência Brasil - Maioria dos conselhos não tem diagnóstico sobre situação de crianças e adolescentes - Privacidade

 
21 de Julho de 2007 - 16h37 - Última modificação em 22 de Julho de 2007 - 12h12


Maioria dos conselhos não tem diagnóstico sobre situação de crianças e adolescentes

Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil

 
envie por e-mail
imprimir
comente/comunique erros
download gratuito
Elza Fiúza/ABr
Brasília - Uires Cruvinel, do Conselho Tutelar de Taguatinga, aponta álcool, drogas e gravidez precoce como principais violações dos direitos da criança e do adolescenteBrasília - Uires Cruvinel, do Conselho Tutelar de Taguatinga, aponta álcool, drogas e gravidez precoce como principais violações dos direitos da criança e do adolescente
Brasília - A grande maioria dos órgãos destinados a zelar pelo cumprimento dos direitos das crianças e adolescentes não sabe o que se passa com eles. Pesquisa divulgada esta semana mostra que, embora 90% dos municípios tenha conselho tutelar, só 12% dos conselhos estaduais de direitos e 20% dos municipais possuem diagnóstico sobre a situação da criança e do adolescente. No primeiro grupo, 36% estão em fase de planejamento do diagnóstico. E no segundo, 35%.

Os conselhos tutelares diferem dos conselhos estaduais e municipais de direitos em sua composição e função. Nos estaduais e municipais, os integrantes não são eleitos, trabalham voluntariamente. São representantes da sociedade civil e do poder público, de maneira paritária. São responsáveis por indicar, organizar e participar junto com o poder público da definição das áreas prioritárias para investimento. Já os membros dos conselhos tutelares, que são eleitos, recebem remuneração para exercer suas funções e atuam diretamente junto à população, acolhendo e encaminhando denúncias.

“O diagnóstico é uma coisa imprescindível. Como um conselho pode decidir sobre a destinação dos recursos que estão alocados no Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente, ou como ele pode interferir na política pública de seu município se não sabe indicar quais são as áreas prioritárias para os investimentos?”, questiona a coordenadora do Programa de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Mariza Tardelli.

Em termos de infra-estrutura e recursos humanos, os índices são melhores. Os estaduais têm em média seis pessoas, o dobro dos municipais. Todos possuem móveis e telefone fixo, 92% têm computador e impressora, 88% contam com manuais de funcionamento e internet e 84%, aparelho de fax.

No caso dos municipais, 49% sempre funcionaram sem interrupção. No Sudeste, esse índice é de 60% e no Nordeste, 39%. No quesito condições físicas, 50% têm bom tamanho, 48%, bom estado de conservação e 37%, boas condições de privacidade.

A pesquisa conclui que é necessário investir na aquisição de equipamentos de informática e redesenhar a forma de implantação, consolidação e expansão do Sistema de Informação para a Infância e Adolescência (Sipia), responsável por receber as denúncias de violações de direitos enviadas pelos conselhos tutelares.

Executada pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (USP), a pesquisa ouviu 96% dos conselhos estaduais (25), 71% dos tutelares (3.476) e 49% dos municipais (2.474). Foi encomendada no ano passado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos e pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda).


 


Agência Brasil - Maioria dos conselhos não tem diagnóstico sobre situação de crianças e adolescentes - Privacidade

 



 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Aúncio