quinta-feira, abril 30, 2009

Agência Brasil - Especialistas da América Latina discutem no Rio políticas públicas para a juventude - Internet

 
29 de Abril de 2009 - 14h42 - Última modificação em 29 de Abril de 2009 - 14h42


Especialistas da América Latina discutem no Rio políticas públicas para a juventude

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

 
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Rio de Janeiro - Gestores públicos e representantes de organizações da sociedade civil que desenvolvem projetos para a juventude no Brasil e em outros países da América Latina estão reunidos hoje (29), no Rio de Janeiro, para trocar experiências bem-sucedidas. Durante todo o dia, os participantes do 2º Fórum Ibero-Americano Fazendo Políticas Juntos analisam os desafios do desenvolvimento de políticas públicas que garantam aos jovens oportunidades, especialmente no acesso ao mercado de trabalho.

Para a secretária estadual de Educação do Rio de Janeiro, Teresa Porto, um dos grandes desafios da educação voltada a essa parcela da população é a incorporação de ferramentas tecnológicas. A secretária defende a unificação dos sistemas usados nas escolas municipais e estaduais para facilitar a comunicação entre os gestores e ainda a capacitação em informática de professores e alunos.

Tereza Porto lembrou que o governo estadual disponibilizou 50 mil notebooks aos professores da rede e está implantando laboratórios de informática em todos os estabelecimentos de ensino, que deverão ficar abertos durante todo o período de funcionamento escolar. O objetivo, segundo ela, é permitir o uso dos equipamentos pelos estudantes e a familiaridade dos docentes com as novas tecnologias.

“O jovem que ingressa hoje no mercado de trabalho tem que ter um perfil totalmente diferente daquele que era necessário há 50 anos, as habilidades requeridas mudaram, mas o modelo de educação não mudou. A educação tem que dar a esse jovem a formação necessária para o novo modelo de economia que o mundo vive. O conhecimento e o uso confortável dessa tecnologia é fundamental para isso”, afirmou.

O economista André Urani, pesquisador do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), acredita que, antes de pensar na capacitação dos jovens, é preciso incluí-los no planejamento das políticas públicas. Além disso, o economista defende a criação de mecanismos, como incentivos financeiros, que permitam a essa parcela da população, especialmente os que vivem em comunidades de baixa renda, estudar em espaços freqüentados por aqueles de classes mais altas.

“Não adianta oferecer centros de capacitação em comunidades carentes voltadas a áreas do conhecimento definidas pelos gestores. Gasta-se dinheiro público e não se resolve o problema, porque, quando ele se formar, vai sofrer discriminação", destacou.

Durante o evento, o representante do Centro de Informação e Recursos para o Desenvolvimento, do Paraguai, Augustin Carrizoza defendeu a integração das políticas com foco na juventude.

“É preciso construir alianças flexíveis e adaptáveis, baseadas na confiança social entre as organizações para avançar nesse campo. Somente com essa intersetorialidade poderemos conquistar modelos descentralizados e participativos, com menos atenção aos processos e mais ênfase em impactos e resultados”, afirmou.



 


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