Inclusão social com cultura circense e teatral. Com esse fim, um grupo de amigos criou a Escola Piollin, em 1977. Trinta e dois anos depois e com nova denominação, a ONG Centro Cultural Piollin, em João Pessoa, ampliou seu leque de ações de inclusão e enveredou no meio digital. Ontem, 20, inaugurou, em parceria com o Serpro, o telecentro de inclusão digital Piollin.

O espaço Piollin já funcionava como Ponto de Cultura e dispunha de uma máquina do Programa GESAC - "Governo Eletrônico: Serviço de Atendimento ao Cidadão". Com a parceria firmada com o Serpro, recebeu 11 máquinas com sistema operacional livre para a oferta de cursos e acesso à Internet pelos moradores do bairro Roger e imediações, em João Pessoa-PB.

Localizado em um antigo engenho de cana, o Centro Cultural Piollin ocupa uma área de 1,5 hectares em plena capital paraibana. A localidade faz parte do acervo de preservação histórico e guarda, incólume, a estrutura da Casa Grande. Já o Banguê (engenho) foi restaurado e adaptado para sala de teatro. Um dos projetos do Centro Cultural é a restauração paisagística e mobiliária do local.

A solenidade de inauguração contou com a presença do coordenador regional do programa Serpro de Inclusão Digital, Severino Xavier, e da coordenadora técnica, Valéria Santos. Também participaram, o presidente do Centro Cultural Piollin, Ronaldo Lira, além de membros da comunidade e alunos dos cursos de artes.

Para Xavier, "a diversidade e abrangência do programa Serpro de Inclusao Digital realiza-se no momento em que atende a escolas, associações comunitárias e, agora, ao Centro Cultural Piollin". Valéria Santos ressaltou a magnitude do local, "capaz de preservar a memória paraibana dos engenhos com a tecnologia do mundo moderno. O que outrora representava a distinção de classes e mão-de-obra escrava, servirá doravante para que todas as pessoas possam ter acesso ao mundo digital e conquistar sua cidadania em rede, requisito essencial do mundo contemporâneo".

Piollin no universo digital
O Centro Cultural Piollin é uma entidade civil sem fins lucrativos. Sua principal atuação na área de promoção e no desenvolvimento da cultura é a escola de circo e teatro. Além dessas ações, tem parcerias com os governos municipal e estadual, com atividades de apoio ao PETI - Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil, além de projetos financiados por instituições como a Petrobras.

As ações de inclusão social acontecem principalmente por meio de iniciativas pedagógicas e oficinas de arte, atendendo entre 60 e 80 crianças e adolescentes. Já a difusão cultural dá-se com apresentação de espetáculos de arte e cultura, seja em sua sede, no bairro do Roger, ou em lugares diversos do estado da Paraíba: de João Pessoa, no litoral, a cidadezinhas do sertão.

Com a inauguração do telecentro de inclusão digital, Ronaldo Lira acredita que a população atendida tenha um acréscimo significativo. "Nossa meta é dobrar o atendimento, tendo uma média diária de frequência de 120 pessoas, além de formação digital para nossos alunos dos cursos de teatro e circo", afirma.

Fonte: Sepro