Uma das coisas infelizes que o LibreOffice herdou, após várias décadas valendo uma dívida técnica em aberto, é o código sem uso que ficou largado por ai indefinidamente. Isso realmente não ajuda quando misturada ao peso e profundidade do código válido que temos. Caolán McNamara da Red Hat escreveu uma bela ferramenta callcatcher que identifica esses métodos sem uso, e recentemente ficamos com um arquivo unusedcode.easy na raiz de nosso código com uma lista de métodos a remover. É muito fácil achar e remover um método ou dois, basta um git grep, e criar um patch para a lista dos desenvolvedores. Para fugir de uma pilha de tarefas administrativas recentes, arranjei um script Perl para mastigar a saída do git numstat para ver como é que ficamos nessa história. O resultado foi o seguinte gráfico:

 

 

Parece que mais da metade de nosso código sem uso já ficou pra trás. Infelizmente, enquanto varremos o lixo pra fora, mais lixo aparece, bem observados nos pinotes pra cima no gráfico, ainda que a tendência é claramente ladeira abaixo. Se você quer se envolver com o desenvolvimento do LibreOffice, não pode ser mais fácil do que isso, faça o checkout do código e mande ver a sua vassoura.

 

Se não for no LibreOffice, por que você não roda o callcatcher do Caolán no seu projeto para ver as rebarbas e bolas quadradas que sobraram dos requerimentos?

 

Tradução voluntária: Olivier Hallot

Fonte: Post de Michael Meeks no blog da The Document Foundation